quinta-feira, 1 de abril de 2010

Como criar uma dita “Comissão de Trabalhadores”
Um tal de Damasceno a gabar-se dos fretes que ele e mais uns quantos fizeram ao patrão.










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"A opção por uma relação privilegiada com a comissão de trabalhadores pressupôs que a escolha dos membros que integrariam esta futura estrutura representativa não fosse deixada ao acaso! Quando se começou a pressentir o desejo de constituição desta estrutura, provavelmente estimulada pelos membros ligados aos sindicatos da CGTP — muitos deles eram desconhecidos formalmente por não quererem revelar a sua identidade —, a empresa rapidamente «entrou em jogo». Contactou sigilosamente o director de cada uma das áreas para que este indicasse nomes de trabalhadores de «confiança» que pudessem integrar a futura estrutura.

A escolha de um «líder» para esta comissão que inspirasse a capacidade de defesa dos interesses dos restantes colegas e que, simultaneamente, revelasse à empresa as informações necessárias foi ainda o aspecto mais difícil de ultrapassar. Tudo isto acabou por ser obtido através de um convite dirigido a um membro que mostrava enorme capacidade de persuasão dos colegas e que era permeável a uma forte influência. Foi com este dirigente da comissão de trabalhadores que a empresa estabeleceu uma entente cordiale que permitiu, na véspera dos grandes embates, conhecer antecipadamente, através de uma reunião sigilosa entre ele e o director de Recursos Humanos, quais os pontos que seriam objecto de análise na reunião do dia seguinte e a provável maneira de os ultrapassar.


Nas eleições para a constituição desta comissão acabaram por aparecer duas listas: uma integrada e liderada por delegados sindicais afecta à CGTP (lista A) e outra constituída, preparada e devidamente suportada pela empresa em sessões de esclarecimento realizadas para o efeito (lista B). Esta segunda lista, inicialmente defendida pelo grupo de trabalhadores independentes de que já se falou — mas que não integravam a lista —, teve uma dupla missão: viabilizar não só uma estratégia de consenso, como anular a força veiculada pelos sindicatos. O risco que a empresa correu foi grande, mas a encenação, o planeamento e a capacidade persuasora e manipuladora de alguns gestores permitiram um enorme êxito.

As eleições tiveram lugar em Abril de 1994 e os resultados foram os seguintes:











Com estes resultados, a lista afecta à CGTP elegeu três elementos e a lista B oito elementos, o que significava que a empresa se manteria soberana nas relações laborais a estabelecer.
"

Para saber qual a empresa em que isto se passou, e consultar o documento donde esta prosa foi retirada, veja este post do CANTIGUEIRO do Samuel.

PS: António Chora, actual Coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, era um dos 3 elementos eleitos pela lista A em 1994.

sábado, 20 de março de 2010

Food, Taste and Hunger
Chicken à la Carte

"This film is about the hunger and poverty brought about by Globalization. There are 25,000 people dying everyday due to hunger and malnutrition. This short film shows a forgotten portion of the society. The people who live on the refuse of men to survive. What is inspiring is the hope and spirituality that never left this people."

quarta-feira, 10 de março de 2010

Mitos urbanos
Liberdade de imprensa, e independência dos jornalistas, nas capital-democracias ocidentais.










Depois da lenda dos crocodilos gigantes que vivem e se reproduzem nos esgotos de New York City, o meu mito urbano preferido, muito popular nas capital-democracias ocidentais, é o da liberdade da comunicação social e independência dos seus jornalistas,

Claro, que ninguém no seu perfeito juízo leva aquelas piedosas intenções muito à letra, mas na lavagem cerebral a que os meios de comunicação de massas nos submetem ad nauseam “as palavras são mais importantes do que qualquer droga, com a vantagem de se poderem administrar massiva e inadvertidamente. Entram-nos pela casa dentro, na hora do descanso, pela voz dos jornalistas e comentadores televisivos. Os sinais da lavagem consistem em usar, nas conversas e fóruns, as frases feitas por eles.

Por isso é sempre saudável um retorno à realidade, como aquele que nos foi proporcionado na audição parlamentar da comissão de ética onde, straight from the horse's mouth, ouvimos Miguel Pais do Amaral afirmar que "quem define o posicionamento editorial (nos meios de comunicação social) é o accionista".

Depois de considerar ser impensável que um qualquer jornalista divulgasse factos “que lhe estragassem o negócio”, Pais Amaral explicou que “o accionista não decide quem se deve entrevistar mas decide o posicionamento e o jornalista tem de interpretar. Se não está contente, vai para outro sítio".

Percebeu, ou precisa que o Miguel faça um desenho?

segunda-feira, 8 de março de 2010

Esqueçam os mitos da economia de mercado
Quem manda nisto, incluindo em muitas PME, são meia dúzia de grupos económicos.












"O Grupo Espírito Santo (GES) possui já posições em mais de 400 empresas, com extensões a áreas nevrálgicas da economia e ultrapassando largamente o campo financeiro, mas também o país.

O grupo emprega mais de 20 mil pessoas e vale mais do que as duas holdings criadas para concentrar parte dos activos financeiros e não financeiros, que valem mais de sete mil milhões de euros: cerca de cinco por cento do PIB português."


Já alguém contabilizou quanto é que, dos apoios do Estado às PME, vai parar a estes grandes grupos económicos?

E estudou o papel que estes grupos têm no abafar da iniciativa privada, no estrangulamento das pequenas e médias empresas que ainda vão sobrevivendo fora da sua órbrita?

E de como estes grupos usam as suas posições de monopólio e oligopólio, para sugar o Estado, e esmifrar os trabalhadores e os consumidores destes País?

sábado, 6 de março de 2010

Política, ou fé nos políticos?
Quase 60% dos portugueses acham que Sócrates mentiu, diz o Público.











Apesar de estar na origem da sondagem do Público de 5/3, deixemos por agora de lado a discussão se Sócrates mentiu ou não sobre conhecer a intenção da PT comprar a TVI. Se Sócrates é culpado ou inocente é coisa que, nesta altura do campeonato e na minha opinião, só ele e eventualmente alguns outros (poucos) saberão.

Não partilho da ideia de que apenas os tribunais estão em condições de decidir sobre a inocência ou culpabilidade dum cidadão. Se eu vi o meu vizinho a esfaquear a mulher não preciso dum tribunal para me dizer que ele é culpado.

Mas apesar de tudo o que já veio a público sobre a alegada mentira de Sócrates, a única resposta que estaria em condições de dar àquela sondagem é NÃO SEI (embora ache que há indícios mais do que suficientes para abrir um Inquérito, e que não o fazer terá consequências muito negativas para o próprio regime).

Por isso me espanta(1) que a esmagadora maioria dos respondentes não tenha tido qualquer problema em responder SIM, ou NÃO, à questão de Sócrates ter mentido no caso PT/TVI.

Mas o que me choca verdadeiramente nos resultado da sondagem é 40,2% terem respondido NÃO, e numa pergunta a seguir 40,36% dizerem que se as eleições fossem hoje votariam no PS (ou seja na actual situação em Sócrates).

Se de facto só o eleitorado de Sócrates tem fé que ele está inocente, e quem vota nos outros partidos tem uma fezada que ele é culpado, então meus senhores não tenho dúvida em dizer que estamos mais próximos, nós cidadãos, da “democracia” italiana, do que aquilo que muitos de nós certamente imaginaria.


(1) Embora o formato da sondagem possa induzir a responder SIM ou NÃO. Por exemplo se a pergunta fosse antecedida por outra mais ou menos nestes termos "Acha que os factos conhecidos sobre ... permitem concluir...", o resultado seria muito provavelmente diferente.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Mais coincidências









O blog AVENTAR publicou ontem no Público este anúncio, que antes tinha sido recusado pelo Jornal de Notícias. A partir das 14 horas de ontem, devido a um alegado problema no servidor da Esotérica , o AVENTAR ficou inacessível.

Por estas e por outras é que nunca quisemos o formigas num servidor cá do cantinho à beira mar.


Ultima hora, 4/3/2010 à noite.
Depois de mudar de empresa fornecedora, o AVENTAR is back.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Marx, Google e a fadista
Mete trabalhadores produtivos que não são operários, informação, e peixe entregue gratuitamente a quem o for pescar.






Uma fadista que é paga directamente pelos seus ouvintes, para cantar uns fados, é uma trabalhadora improdutiva.
Mas se a mesma fadista é contratada por um empresário, afim de (este) obter um lucro com a sua (dela) actuação, é uma trabalhadora
produtiva.
Porque, neste caso, ela (a fadista)
produz capital.(1).

A gente sabe que pode parecer um pouco confuso distinguir uma coisa dum conceito, ou compreender outros aspectos do método do autor do Manifesto, mas se ler o que ele escreveu, e fizer um pequeno esforço para tentar entender, vai ver que não dói nada.

Vem isto a propósito do post O Google contra Marx, onde o blogger, como aliás é muito habitual a quem escreve sobre economia politica, não só confunde o género humano com o manuel germano, como toma por novidade coisas que já são faladas e estudadas desde os finais do sec. XVIII.

Não dispondo de tempo, pachorra, ou conhecimento suficiente destas podas para pôr a coisa em pratos limpos, gostaria apesar disso de deixar aqui algumas notas que talvez ajudem a esclarecer as confusões e perplexidades do dito post.

Quer com a fadista com patrão, quer com os trabalhadores da Google (tirando os que só por lá andam a mandriar, ou estão com baixa da Caixa), há trabalho produtivo, capital variável.

Como acontece com as salsichas Nobre, a informação da Google, ou qualquer outra mercadoria, o valor, e o valor de uso, começam sempre por ser latentes e potenciais, realizando-se o valor no acto da troca (venda), e o valor de uso no acto do seu (dela mercadoria) consumo. Se ninguém a comprar não há valor. Se ninguém a consumir não há valor de uso.

Talvez o autor do post não tenha pensado nisso mas, tal como acontece com a informação que a Google usa, também os pescadores apanham peixe que lhes é “entregue gratuitamente”, no caso pelos rios e oceanos deste velho planeta.


(1) Tradução, com alguma liberdade, dum parágrafo do Volume 34, p. 121-146, da Marx Engels Collected Works, que pode ver, em inglês, aqui:
http://www.marxists.org/archive/marx/works/1861/economic/ch38.htm

terça-feira, 2 de março de 2010

Os mitos da direita
Mais um, Pedro Lomba, no “peditório” da privatização do Ensino.













Começando por derramar umas lágrimas de crocodilo a propósito da falta de mobilidade social em Portugal, mas “esquecendo” de referir, o que vinha muito a propósito, ser também o nosso um dos países onde é maior o fosso entre ricos e pobres, o cronista diz hoje no Público que o problema está na Educação, particularmente numa questão que lhe está muito próximo do coração. Ou será do bolso?

Depois duma série de rodeios para “boi dormir” (ainda há jornais a pagar por esta tristeza de propaganda partidária com rabo de fora), lá diz finalmente ao que vem. Quer, surpresa, que o Estado retire dinheiro ao Ensino Público para financiar os privados.

De acordo com os números também hoje publicados no Público, em 2007/08 cerca de 20% dos alunos do ensino secundário em Portugal frequentavam escolas privadas. Não será muito difícil deduzir que a maioria destes serão precisamente os filhos dos tais 20% com maiores rendimentos, e que em Portugal mais longe estão dos 20% que menos ganham.

Portantos, para acabar com as desigualdades, a solução do Pedro é subsidiar, com dinheiro público, aqueles que já estão muito bem na vida. As medidas do costume, não é?

segunda-feira, 1 de março de 2010

Diz o coronel que a coisa assim tá preta
Que tal chamar a Inquisição e atear uns Autos de Fé para purificar a Pátria?











A demografia e o casamento entre géneros idênticos

Tenente-coronel João José Brandão Ferreira

"A Demografia é das questões menos estudadas a nível da sociedade e aquela a que os poderes públicos e o comum dos mortais deixou de prestar a mínima atenção.

Preocupados todos, que estamos, com a crise económica; vinculados ao consumismo e à cultura do prazer; anestesiados pela segurança social; sobrevalorizados no nosso ego pelo primado do individualismo e inundados de muitos outros “ismos” com que a comunicação social nos matraqueia o coração e a cabeça, deixámo-nos possuir por perigosos mitos de fundamento néscio – mas apelativos – e somos postos à beira de precipícios cada vez mais perigosos.

Reduzida a mortalidade infantil, instituída a pílula e outros métodos contraceptivos; quebrados os laços familiares tradicionais; caídos aos pés dos arautos da libertação da mulher; instituída a quase obrigatoriedade social daquela trabalhar fora de casa; consolidada a ditadura dos direitos face aos deveres e mais uma quantidade de coisas que seria ocioso enumerar – e de que todos temos sido relapsos a reflectir nas consequências – veio a originar-se uma brutal redução no número de nascimentos. Esta redução teve especial incidência nos países da Europa Ocidental e por extensão em Portugal, países onde se verificou aquilo que é tido pelo maior (e melhor) desenvolvimento da sociedade.

Ora a redução da natalidade que a nível europeu desceu para uma média de 1,4 nascimentos por mulher (em Portugal actualmente está em 1,3) veio colocar a questão da sobrevivência destas sociedades no futuro. De facto sabe-se através de estudos sérios, que uma população para se renovar, cada mulher precisa de conceber 2,1 filhos, em vida e que a mesma população deixa de se poder manter em termos culturais quando esse número desde para os 1,9. Já se sabe isto há muito tempo, mas ninguém liga coisa nenhuma, como se governos e pessoas tivessem sido atacados por um desejo de suicídio colectivo. Faltam braços para o trabalho, jovens para os Exércitos, fecham escolas e passou a existir assimetrias etárias cada vez mais assinaláveis.

O avanço da medicina tem aumentado a esperança de vida das pessoas o que faz com que a população idosa seja cada vez maior, com o aumento de custos para a Segurança Social. E tem sido por esta via – que não é a mais crítica, mas aparenta ser a mais sensível - que alguns governantes se começaram a preocupar: falta-lhes o dinheiro!

A tudo isto é necessário juntar os fluxos emigratórios e imigratórios. Isto é, por um lado os países ocidentais vêm chegar ao seu território milhões de seres de outros continentes que estão a desfigurar as suas nações e vêm partir,por outro lado, os seus melhores cérebros, que procuram realizações pessoais em países mais avançados, ou de oportunidade.

A demografia tem sido escamoteada com os nascimentos de filhos de emigrantes o que não é propriamente a mesma coisa que nascerem nacionais. A propaganda que favorece e escamoteia tudo isto tomou o nome de “multiculturalismo”. Não estamos a defender ideias racistas, mas a tentar preservar justas aspirações de individualidade cultural(e soberana) e a tentar evitar futuras convulsões sociais graves. Acresce a isto a vontade de organizações internacionalistas em quererem acabar com as Nações...

Face a este descalabro social e nacional, os poderes públicos eleitos justamente para cuidarem do governo da cidade, em vez de colocarem travões às quatro rodas a esta tragédia que fará o holocausto parecer uma coisa menor; restaurarem o cimento familiar e promoverem a fecundidade, optam justamente por fazer o contrário. Satanás não faria melhor…

Em vez de se promover a vida, aposta-se na cultura da morte, de que as leis abortivas e a eutanásia são exemplos maiores; em vez de se organizar a educação e a estrutura da sociedade para a harmonia familiar, tudo se faz para facilitar a dissolução do casal e o afastamento de ascendentes e descendentes; em vez de se apostar nos incentivos à natalidade, preocupam-se em dar subsídios a quem não trabalha, a dar a mão (e seringas) a drogados e em melhorarem as condições a quem se porta mal e está preso (por ex.).

Em vez de haver preocupação em educar para uma natalidade consciente e para o desenvolvimento de uma sexualidade maturada, a única coisa em que se pensa é em impôr aulas de educação sexual nas escolas, de gosto mais do que duvidoso, distribuir preservativos a esmo, etc., e acham que o “vale tudo” é o que está bem, havendo apenas que limitar os estragos.

Os países “mais avançados” do que nós, que apostaram nestas modernices, andam agora a verificar que nenhuma destas avançadíssimas atitudes, melhorou a saúde pública; evitou as gravidezes indesejadas; o número de filhos sem pai; as adolescentes grávidas; o número de abortos feitos em condições clínicas ou outras e toda a parafernália de desarranjos e dramas sociais correlativos. A única coisa que se conseguiu foi a sofisticação da prostituição, o aumento da pedofilia e a prosperidade do negócio pornográfico.

Não parece também haver freio na imoralidade e no deboche.

Perante este quadro o que fez o Parlamento Nacional? Pois mandou tirar os crucifixos das escolas e quer casar machos com machos e fêmeas com fêmeas! Que magnífico alforge de futuros estadistas!"


Nota: Os sublinhados, e a pachorra para aturar isto, são nossos.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Marylin e os livros.

Talvez porque os tempos eram outros, ou porque ela era diferente, não é difícil encontrar fotografias de Marylin Monroe a ler um livro.

Mas se procurar fotografias duma actriz dos nossos dias, com um livro na mão, terá sorte se encontrar uma ou duas. Por exemplo, embora a pesquisa não tenha sido exaustiva, de Angelina Jolie encontrei uma e de Nicole Kidman zero.







































































quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Não sabes? Então, porque perguntas?
Responde-me o Valupi do Aspirina B.













Há muito que este escriba, que tem a inexplicável mania de frequentar blogs de pessoal que pensa de maneira diferente dele (moi), é assíduo do Aspirina B onde, há ainda mais tempo, se tornou impraticável conversar com o Valupi sobre qualquer coisa que tenha a ver com o inquestionável PS, e sobretudo, mas que sobretudo deus meu, sobre algo que envolva o amado líder, e excelso governante da pátria, cujo nome este formigal blog não se atreve sequer a nomear.

Adiante, e porque um gajo não é de pau, às vezes lá deixo na caixa de comentários uma ou outra pergunta, a que o Valupi, com o seu inegável poder de finta, vai respondendo, nem sempre, com uns driblanços que deixam extasiados os assíduos e ferrenhos frequentadores daquele relvado.

E então não é que da última vez (leia-se mais recente, não é desta ainda que ele se livra do Aristes) que, em mais um dos incontáveis posts do Valupi sobre o grande e amado líder, lá deixei um comentário confessando, mui clara e escorreitamente, que tinha perguntado porque não sabia, não é que, como ia dizendo, o Valupi me despacha para canto com este genial “Não sabes? Então, porque perguntas?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Absolvido jovem que fanou um pacote de amêndoas
É pena é que o MP e o tribunal tenham gasto tanto dinheiro com isto, diz advogado.














Um jovem conhecido por Ganita que fanou 1 pacote de amêndoas 1, no valor de 2 euros 2, é levado a um colectivo de 3 juízes 3, que em 2 sessões 2, chegam à conclusão que o dito Ganita está inocente.

Conta-me um tio que, na aldeia lá do Alentejo onde nasceu, um gajo apanhado a roubar fruta era levado ao posto da GNR onde, após lhe ser devidamente suavizada a epiderme, ficava por ali a secar no xelindró à espera que alguém o fosse buscar, depois de pagar a fruta evidentemente. Os tribunais e os juízes ficavam para tratar questões importantes.

Embora a prática de roubar fruta ou outras coisas assim a jeito, não ser completamente erradicada, o certo é que aquela “coerção simplex de proximidade” sem tribunais, juízes e advogados, lá ia produzindo algum efeito dissuasor, propiciando ao pessoal uma vida na santa paz do senhor, de que tanta gente hoje sente saudades.

Não fiquem contudo a pensar que este bloguista, democrata pós-moderno e compassivo, está para aqui a defender a bondade da teoria duns “abanões a tempo”.

Felizmente os tempos são outros e por isso há que encontrar melhores soluções que, sem deixar na impunidade este tipo de pequena delinquência, que foi o que aconteceu no caso em apreço, retire de vez dos tribunais com 3 juízes 3, advogados, ministério público, testemunhas, funcionários da justiça e agentes da autoridade, casos de fananço de 1 pacote de amêndoas 1, no valor de 2 euros 2.

Nota final:
Muito pior para a eficácia da Justiça são as empresas que entopem os tribunais com processos de pequenas dívidas, como por exemplo contas do telemóvel, mas isso seria assunto doutro post.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Jornalismo copy & paste ou papagaio do partido?
“Santana contra apoio da câmara a campanha de adopção gay"













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Preguiça? Pressão da direcção do jornal para despachar não sei quantas “notícias” por dia? Frete ao partido? Talvez a nova directora do Público nos possa esclarecer.

E porque não se publicou a fotografia do cartaz, para que os leitores pudessem julgar por si quais os objectivos da campanha, em vez de mais uma foto do “menino guerreiro”?

Talvez porque ao olhar para o cartaz o leitor lá visse um apelo à não descriminação dos filhos de homossexuais, e isso deitar logo por terra a confabulação do PSD de Lisboa?

Que Santana Lopes, que se calhar viu o cartaz à saída duma discoteca, tenha julgado que aquilo era uma cena assim a defender a adopção para o casamento de pessoas do mesmo sexo, ainda se percebe, agora a um jornalista exige-se um pouco mais de discernimento e profissionalismo, antes de vir, em título, alinhar na acusação à Câmara de Lisboa, no que só pode ser entendido como um apoio à campanha homofóbica contra o casamento de pessoas do mesmo sexo.

Noticia do Publico
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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Direcção do SOL garante que o jornal estará amanhã nas bancas
Bom, sendo assim, só já resta uma "solução".










O semanário SOL estará amanhã nas bancas como habitualmente, incluindo novas revelações sobre as escutas no processo ‘Face Oculta’.

Essas escutas provam manobras para controlar outros órgãos de comunicação social, além da TVI, e condicionar jornalistas.

A Direcção do jornal tomou conhecimento através da comunicação social de uma providência cautelar interposta por uma figura citada nas notícias, não tendo sido notificado, porém, nenhum membro da administração da empresa ou da direcção do jornal.

A Administração e a Direcção do SOL agradecem as múltiplas mensagens de apoio recebidas ao longo do dia de hoje e o interesse manifestado por jornalistas e meios de comunicação.

A Direcção do SOL

José António Saraiva
José António Lima
Mário Ramires
Vítor Rainho

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Mais um bom argumento da brigada homofóbica
Noutros países há restaurantes que não querem servir banquetes para casamentos homossexuais.














O Professor Jónatas que não saiu das entranhas da baleia, mas da Faculdade de Direito de Coimbra, onde, alegadamente, uma praxe que correu mal o deixou num estado de caquexia crónica, veio um destes dias à Assembleia da República alertar os representantes da Nação para os efeitos deletérios, direi mesmo devastadores, que o casamento entre pessoas do mesmo sexo vai provocar na nação, na civilização ocidental, quiçá mesmo na própria estabilidade e equilíbrio do Universo.

Para não julgarem que estou a falar dalguma maluqueira do pessoal do Levanta-te e Ri, aqui fica um link para o relato no IOL da intervenção do Professor de Direito Constitucional Jónatas Machado na comissão de Assuntos Constitucionais da Assembleia da República.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Liberdade com Todos
Num Tea Party próximo de si.











O Burnay e o Vidal estão assegurados, a Palin não garantimos.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Fim da linha?
Sócrates classifica notícias das escutas como “jornalismo de buraco de fechadura”.











O primeiro-ministro, José Sócrates, considerou hoje “absolutamente lamentável” o que apelidou de “jornalismo de buraco de fechadura”, baseado em “escutas telefónicas e conversas privadas” sem relevância criminal.

Na edição de ontem, o semanário “Sol” transcreve extractos do despacho do juiz de Aveiro responsável pelo caso Face Oculta em que este considera haver “indícios muito fortes da existência de um plano”, envolvendo o primeiro-ministro, José Sócrates, para controlar a estação de televisão TVI e afastar Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz. Do despacho constam transcrições de escutas telefónicas envolvendo Armando Vara, então administrador do BCP, Paulo Penedos, assessor da PT, e Rui Pedro Soares, administrador executivo da PT.

O assunto é hoje retomado pelo “Correio da Manhã” que, com base nos mesmos extractos, diz em manchete “Conspiração ataca presidente”, e escreve que “Primeiro-ministro tinha plano para condicionar actuação de Cavaco Silva”.

Ver noticia completa no Publico.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Estamos lixados, com um PM chamado Sócrates, agora confundem Portugal com a Grécia
E o Barroso, porque não mete o espanhol na ordem?












(Mapa enviado às agências de rating, e ao comissário Almunia)

O Presidente da República, Cavaco Silva , defendeu hoje não haver "qualquer comparação" entre a situação das finanças públicas portuguesas e gregas, considerando "infeliz e incorreto" o paralelismo sugerido pela Comissão Europeia.

"Eu confio que os analistas externos que olham para Portugal e a própria Comissão - que fez através de um seu comissário (o espanhol Almunia) uma declaração que eu considero infeliz e incorreta - espero que rapidamente corrijam essa apreciação em relação a Portugal. Porque não é só uma questão de injustiça, é uma questão de incorreção e eu posso afirmar isso corretamente".

Cavaco: Caso português e grego não têm comparação

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Bolinhos secos com água, sr. Presidente?
Se a questão é conseguir um “espírito de compromisso e diálogo”, devia ter servido CHÁ.













Afinal mais uma vez Cavaco e o Conselho de Estado passaram ao lado dos graves problemas do País, como por exemplo estar Portugal entre os países onde é maior o fosso entre ricos e pobres.

O comunicado final reduziu-se a um simples parágrafo: “O Conselho de Estado reunido hoje faz votos para que predomine na Assembleia da República o espírito de compromisso e de diálogo paciente e frutuoso que permita ao país enfrentar os desafios estruturais que tem à sua frente.

Á saída, diz ainda o Público, Jardim desejou “bom carnaval” aos jornalistas. Ninguém melhor que o Jardim para nos lembrar que estamos na quadra carnavalesca.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

"Por mí, como si bebe vino", diz juíza
É para este sistema judicial que Portugal vai extraditar detidos espanhóis?



Arnaldo Otegi, porta-voz do Batasuna está a ser julgado em Espanha acusado de ter participado em 2005 numa homenagem ao membro da ETA preso José Maria Saguarduy, o que pelos vistos na “democracia” vizinha é suficiente para levar uma pessoa a tribunal, e se calhar a apanhar uma pena de uns anitos.

Otegi em sinal de protesto encontra-se em greve da fome, e quando a sua advogada, no decorrer do julgamento, pediu à juíza que fosse autorizado dar a Otegi um copo de água, o que lhe estava a ser negado pelos guardas que o escoltavam, a juíza responde como pode ver no vídeo.

"Por mí, como si bebe vino", responde la juez a la petición de agua para Otegi, en huelga de hambre

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010