segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Já que estamos a falar de reduzir o défice…
Porque não fazer como os ingleses e taxar a 50% os bónus superiores a 25 000 euros?











No Reino Unido a estimativa de atingir uma receita de 550 milhões de libras com a taxa de 50% sobre os bónus superiores a 25 000 libras (28 500 euros), afinal era muito modesta. A continuação do regabofe na atribuição de chorudos bónus, aponta para que aquela medida irá de facto render 3 000 milhões de libras.

Claro que por cá temos menos empresas e gestores mas, ao que consta, em termos de remunerações e benefícios são dos que melhor se tratam na Europa.

Indo ao encontro das muitas declarações de preocupação com o défice que temos ouvido à lusa classe empresarial, não haverá por aí um partido que, na discussão do Orçamento de 2010, proponha uma taxa destas para os bónus (em dinheiro e espécie) dos nossos empresários e gestores?

1 comentário:

Raimundo Narciso disse...

O Governo português já disse que ia fazer o mesmo. Mas a decisão no Reino Unido e na França parece que é só para valer em 2010. Roosevelt, nos EUA, a seguir à grande crise de 1929 arrumou esse assunto dos ordenados escandalosos e dos prémios fabulosos em todas as empresas dos EUA e não apenas nos bancos, com taxas de IRS que subiram nas maiores fortunas a 75% e a 90% e aumentou os impostos às grandes empresas e o imposto sucessório. Foi assim que a classe média americana surgiu a partir dos anos 30. Desde Reagan e dos anos 80 a situação inverteu-se e a América voltou quanto à polarização da riqueza aos anos 20 do século passado. (Ver Paul Krugman em a "Consciência de um Liberal")