quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Bolinhos secos com água, sr. Presidente?
Se a questão é conseguir um “espírito de compromisso e diálogo”, devia ter servido CHÁ.













Afinal mais uma vez Cavaco e o Conselho de Estado passaram ao lado dos graves problemas do País, como por exemplo estar Portugal entre os países onde é maior o fosso entre ricos e pobres.

O comunicado final reduziu-se a um simples parágrafo: “O Conselho de Estado reunido hoje faz votos para que predomine na Assembleia da República o espírito de compromisso e de diálogo paciente e frutuoso que permita ao país enfrentar os desafios estruturais que tem à sua frente.

Á saída, diz ainda o Público, Jardim desejou “bom carnaval” aos jornalistas. Ninguém melhor que o Jardim para nos lembrar que estamos na quadra carnavalesca.

5 comentários:

Paulo disse...

Pelo que escreve no seu blog, o Aristes propõe, para acabar com o fosso, acabar com os ricos. Para tal, propõe taxar fortemente esses ricos. Mas há aqui um problema. Quando acabar de taxar os ricos deixa de haver ricos para taxar. Ou seja, num sistema fiscal em que um salário bruto de 5000 passa a 2000, e em que um salário bruto de 2000 passa a 1500, é muito provável que muitos dos que ganham 5000 deixem de querer trabalhar para ganhar esse dinheiro e passem a trabalhar para ganhar 2000. Nessa altura, há um novo problema: os ricos passam a ser os que ganham 2000. Nessa altura é preciso acabar com os ricos porque os rendimentos que permitiam a algumas pessoas ganhar 5000 já não são gerados e por isso deixaram de existir (quer quantos exemplos disto?). E assim sucessivamente até nos tornarmos num estado falido e corrupto como os do leste da europa no final dos anos 80.

Gonçalo disse...

O homem estava a dar o exemplo, caraças. Vá lá que não foi meia carcaça para cada um e um jarro de água no meio da mesa... ou os restos do bacalhau da Maria (salvo seja), que isto há que poupar e o Alberto leva-nos sempre a parte boa dos húngaros (a do chocolate, bem entendido).

Aristes disse...

"o Aristes propõe acabar com os ricos"

Olhe que não, eu até acho que "vale mais ser rico e com saúde que pobre e doente".

Tem toda a razão Gonçalo, haja alguém que ao menos se preocupe com as aparências. E as eleições são já em 2011.

José Gomes disse...

O Paulo diz:

"é muito provável que muitos dos que ganham 5000 deixem de querer trabalhar para ganhar esse dinheiro e passem a trabalhar para ganhar 2000."

Isso aconteceu com alguém que o Paulo conhece ou é só um suponhamos?

Em meados dos anos 80 em Inglaterra o meu rendimento (salário) atingia o escalão dos 80% (hoje por lá já não há esse escalão, a Thatcher acabou há muito com ele).

Embora, dado o sector onde trabalhava, ganhar mesmo muito bem, até era pouco o valor sobre o qual incidiam os 80%, porque lá como cá o IRS é um imposto progressivo,

O que é certo é que nem eu nem os meus colegas, nem alguém que eu conhecesse nessa situação, passou a trabalhar menos para não atingir os 80%. Pelo que me toca até ficava muito satisfeito pela vida me estar a correr bem.

Mas onde o Paulo falha redondamente é ao ignorar que, em geral, são os países onde há menos desigualdades aqueles onde há maior nível de desenvolvimento e prosperidade.

Para seu esclarecimento aconselho-o a ir ver este post:
http://dererummundi.blogspot.com/2009/08/portugal-desigual.html

Aristes disse...

Gomes, não me arranjas um emprego desses? O Paulo diz que eu quero acabar com os ricos, mas é MENTIRA.