quinta-feira, 28 de maio de 2009

Retrato do artista enquanto jovem.















Oliveira e Costa Talk Show, parece-me um título muito a propósito para a transmissão em directo das oito horas da audição parlamentar do antigo responsável do BPN.

Que o homem é um artista não restam dúvidas. E se lhe ganha o gosto, como pareceu acontecer à medida que o espectáculo se ia desenrolando, ainda vamos ter por aí mais umas surpresas.

Só acompanhei uma pequena parte da exibição, mas mesmo assim ainda deu para ter um daqueles momentos zen, quando Oliveira e Costa disse, com ar sério e convicto, que sempre evitou rodear-se de políticos nas suas actividades empresariais.

sábado, 16 de maio de 2009

Ter uma relação sexual não é beber um copo de água, diz Maria de Belém.
Normalmente é melhor, digo eu.













O título "Ter uma relação sexual não é beber um copo de água" é duma noticia do Expresso de hoje, 16/5, acerca da Educação Sexual nas Escolas, quem disse foi Maria de Belém, e quanto à noticia se quiserem vão lá ver, que eu já não tenho pachorra para estas cenas.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A propósito das pressões e do Inquérito
Já agora era bom que alguém se lembrasse do óbvio.











E o óbvio neste caso, é que os senhores magistrados e juízes que queiram aceitar cargos políticos, são perfeitamente livres de o fazer, na condição de, findas as funções politicas, não mais voltarem a ser juízes ou magistrados.

Até lá é mais que legitimo interrogarmo-nos: por cada caso destes que chega à comunicação social, quantos ficam ignorados do público? E de entre esses, quantos acabam por obter os resultados pretendidos por quem pressiona e corrompe?

Eurojust chief embroiled in Portuguese corruption scandal

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Cão come cão
Desta vez vai ser a sério. Dizem eles.









Um velho aforismo de Fleet Street, "dog doesn´t eat dog", seguido pela gente da comunicação social de todo o mundo, transmite bem a ideia do espírito de grupo entre jornalistas, que tudo informam, investigam e denunciam, tudo, quer-se dizer, menos as práticas profissionais, por vezes mais do que duvidosas, dos próprios jornalistas.

Já entre os políticos, solidariedade, ou mais correctamente respeitinho, só para com o chefe do momento. Para além dos naturais ataques duns partidos para os outros, e dos já menos razoáveis entre facções do mesmo partido, há cada vez mais a tendência, a que não será estranho o seu crescente descrédito junto da opinião pública, para os políticos se tentarem demarcar da chamada classe politica, de que eles próprios fazem parte.

Seja duma forma mais subtil, à Obama, que, até ser seleccionado pelo Partido Democrata, se distanciou dos velhos políticos do establishment de Washington, ou duma forma mais manhosa, à Cavaco, que depois de militar durante anos num partido e participar num dos seus governos, acrescentando-lhe a seguir mais dez anos de Primeiro-ministro e chefe do PSD, se apresentou com a maior das latas à eleição presidencial de 2006 como um candidato distante, implicitamente acima, da política.

E agora aí temos, nesta ânsia de quererem disfarçar aquilo que são, no caso a gente demagógica e irresponsável a que estamos habituados, um cartaz do CDS que vai além da demarcação, e que é, vindo de políticos, um ataque desabrido aos próprios políticos: dog does eat dog.

Ou talvez não passe tudo duma espécie de “mea culpa”, em que a rapaziada do CDS nos vem dizer que desta vez é que vai ser a sério. Ou apenas uma piada lá entre eles, provavelmente dirigida a Paulo Portas, que quando andou por aí a brincar de governante, para além do visual, até mudou o tom de voz, passando a falar à ministro.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Audição parlamentar sobre o BPN
Afinal parece que o Conselheiro Loureiro não mentiu, foi só económico com a verdade.







Cavaco Siva tem "o maior respeito".


Nos anos 80 o figurão que na altura desempenhava na vida real as funções que nos habituámos a ver
representadas por Sir Humphrey, na série televisiva "Sim, Senhor Primeiro Ministro", foi apanhado, a propósito do caso Spycatcher, a mentir com quantos dentes tinha.

Sir Robert Armstrong o então Head of the Civil Service, imperturbável e com a proverbial fleuma britânica, ou seja com a maior cara de pau, negou que tivesse mentido, embora admitisse que tinha sido económico com a verdade.

Com menor “savoir faire”, mas igual descaramento, o Conselheiro Loureiro, ontem na segunda ida à comissão parlamentar sobre o BPN, e a propósito das suas declarações iniciais sobre a compra da empresa BI de Porto Rico, com prejuízo de 38 milhões de euros para a SLN, volta-se ele para os deputados e pergunta “Qual era o meu interesse, o que é que eu ganho com isso, em dizer não não me lembro do nome?

Do nome ainda era o menos, o pior foi o Conselheiro Loureiro ter omitido na primeira audição, o que viemos a saber depois por outros depoimentos na Comissão Parlamentar, é que foi ele que iniciou, concluiu, e assinou o negócio da compra da empresa BI de Porto Rico, em relação ao qual se levantam suspeitas de ter sido uma forma de desviar os tais milhões da SLN, sabe-se lá para onde.

O que é que ele ganha em não ter assumido a sua responsabilidade no negócio, não sei. Mas tenho algumas sugestões que aqui deixo à vossa consideração: Para não o considerarem cúmplice das aldrabices que se fariam no BPN, e em que ele participaria? Para não parecer incompetente? Para não passar por vigarista?

Hoje o Publico diz-nos que quando confrontado por João Semedo e Honório Novo com a questão da reputação de El-Assir, participante no negócio, e que surge referenciado num relatório da Administração norte-americana como estando relacionado com o tráfico de armas, o Conselheiro Loureiro assegurou: “Sei que não se dedica ao comércio de armas, porque uma vez surgiu esse problema e eu perguntei-lhe directamente e ele disse que não”.

Só não se percebe para que é que precisamos de polícias, investigações, e tribunais, quando a maneira de esclarecer estas coisas será perguntar directamente aos envolvidos.

Método de que Cavaco Silva, que escolheu Dias Loureiro para o Conselho de Estado, também parece ser adepto quando em Novembro passado comunicou ao País não ter "qualquer razão para duvidar" da palavra do seu Conselheiro, que disse ter-lhe garantido "solenemente que não cometeu qualquer irregularidade" nas funções empresariais que desempenhou.

Entretanto segundo a Lusa, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, disse hoje que os 19 membros do Conselho de Estado lhe merecem "o maior respeito", escusando-se a fazer qualquer comentário em relação à permanência de Dias Loureiro naquele órgão.

"No Conselho de Estado existem 19 membros que estão sujeitos a um estatuto especial e todos me merecem o maior respeito e eu não faço nenhum comentário em relação a qualquer membro do Conselho de Estado", afirmou o chefe de Estado, quando questionado sobre as recentes declarações de várias personalidades a defender a saída de Dias Loureiro do Conselho de Estado.

Eu, se pertencesse ao Conselho de Estado, não teria gostado nada destas declarações, a meter todos no mesmo saco, nem me agradaria nada ter por lá a companhia do Conselheiro Loureiro, nada mesmo.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Michael Moore em Cuba.



Moore viajou para Cuba com três voluntários que trabalharam nas ruínas do World Trade Center, em New York, depois dos ataques de 11 de setembro de 2001.

Segundo ele, os voluntários sofrem de problemas de saúde desde que actuaram naquele local e têm dificuldade de acesso aos tratamentos públicos.

Moore diz tê-los levado de barco até à base naval de Guantánamo - que fica encravada no leste de Cuba e onde Washington mantém suspeitos estrangeiros de terrorismo - para ver se eles receberiam o mesmo atendimento médico gratuito dos detidos.

Após serem barrados, decidiram ver que tipo de atendimento médico encontrariam em Cuba, cujo governo comunista se orgulha da qualidade de seus hospitais.

Excerto do documentário "Sicko" (S.O.S. Saúde), de Michael Moore.

domingo, 3 de maio de 2009

Esta coisa da Internet é lixada
Então não é que um dos exaltados do 1º de Maio é um senhor que se senta à mesa de iniciativas do BE?









Carregar AQUI para ver post no Salvo Conduto.


Claro que não foi só ele, e se calhar até há bacanos que se sentam noutras mesas que também lá andaram na molhada.

Agora, o que é que o BE tem a ver com isso? Se calhar menos do que cá o Aristes que se lá estivesse também tinha mandado umas bocas de certeza, pelos menos a perguntar ao Vital o que é que ali andava a fazer, ele que tem passado os últimos anos, nas crónicas do Publico e lá no blog dele, a atacar os sindicatos, a CGTP e os trabalhadores.

De qualquer modo o tio Louçã já condenou o episódio em nome do BE, e era bom que o tio Jerónimo, além de lamentar, tivesse feito o mesmo em nome do PCP. Primeiro porque aquilo não se faz, nem é exemplo para ninguém, e depois para não alimentar mais este capitulo do folhetim da vitimização do PS, que se agarrou de unhas e dentes a esta oportunidade de fugir aos assuntos que interessam, e de dar visibilidade a um candidato assim para o trapalhão.

É que já não há pachorra para as doses cavalares de demagogia pseudo democrática do PS, que nada diz sobre a destruição de propaganda da CDU pela UGT, nem condena a utilização, através do Ministério da Educação, das crianças de Castelo de Vide para os tempos de antena do PS, mas vem logo a correr acusar o PCP, disto, daquilo e do que mais lhe vem à cabeça.

O vídeo com a notícia da RTP onde se vê distintamente o senhor louro está AQUI. A não perder aquela parte lá para o fim do vídeo em que outro senhor, que nem é sindicalizado, de forma acalorada, mas correcta, explica cara a cara, a um Vital embatucado, porque dispensa a visita dele.

Bom trabalho do blog Salvo Conduto.