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Um velho aforismo de Fleet Street, "dog doesn´t eat dog", seguido pela gente da comunicação social de todo o mundo, transmite bem a ideia do espírito de grupo entre jornalistas, que tudo informam, investigam e denunciam, tudo, quer-se dizer, menos as práticas profissionais, por vezes mais do que duvidosas, dos próprios jornalistas.Já entre os políticos, solidariedade, ou mais correctamente respeitinho, só para com o chefe do momento. Para além dos naturais ataques duns partidos para os outros, e dos já menos razoáveis entre facções do mesmo partido, há cada vez mais a tendência, a que não será estranho o seu crescente descrédito junto da opinião pública, para os políticos se tentarem demarcar da chamada classe politica, de que eles próprios fazem parte.Seja duma forma mais subtil, à Obama, que, até ser seleccionado pelo Partido Democrata, se distanciou dos velhos políticos do establishment de Washington, ou duma forma mais manhosa, à Cavaco, que depois de militar durante anos num partido e participar num dos seus governos, acrescentando-lhe a seguir mais dez anos de Primeiro-ministro e chefe do PSD, se apresentou com a maior das latas à eleição presidencial de 2006 como um candidato distante, implicitamente acima, da política.E agora aí temos, nesta ânsia de quererem disfarçar aquilo que são, no caso a gente demagógica e irresponsável a que estamos habituados, um cartaz do CDS que vai além da demarcação, e que é, vindo de políticos, um ataque desabrido aos próprios políticos: dog does eat dog.Ou talvez não passe tudo duma espécie de “mea culpa”, em que a rapaziada do CDS nos vem dizer que desta vez é que vai ser a sério. Ou apenas uma piada lá entre eles, provavelmente dirigida a Paulo Portas, que quando andou por aí a brincar de governante, para além do visual, até mudou o tom de voz, passando a falar à ministro.
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