terça-feira, 29 de setembro de 2009

Vamos supor que alguém acredita nas palavras do Presidente da República











Argumenta o director do Jornal i na RTP1, hoje às 21 h.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Afinal parece que ainda não estamos completamente preparados para a Democracia.












Pelo que sempre ouvi dizer parece que o Professor Salazar não era propriamente anti-democrata, o que ele achava é que o bom povo português não estava preparado para as responsabilidades e sobretudo para as más tentações para que, ao que constava, a Democracia arrastaria inexoravelmente o pessoal.


Assim a modos como aqueles pais caretas que não deixam sair os putos à noite com receio que vão para ali para o Bairro Alto, se ponham a virar shots de enfiada, e acabem a noite na Urgência do S. José com uma lavagem ao estômago, ou qualquer outra cena ainda mais para o dramático.

Pois o actual Professor na sua elevada preocupação de também só querer o melhor para o bom povo à sua augusta responsabilidade, parece achar agora que as coisas importantes e graves (Pacheco da Marmeleira dixit) que tem para dizer sobre o folhetim das escutas, em plena época de eleições, nos ia deixar a todos assim a modos que balhelhas, com consequências inevitavelmente imprevisíveis.

Imagine-se o prezado leitor que sempre votou PPD/PSD ir a correr pôr o voto no BE, ou este vosso prestimoso escriba a pôr a cruzinha no CDS/PP, tudo como consequência das tais coisas importantes e graves que o actual Professor tem para dizer mas diz que só vai dizer depois das eleições, provavelmente para evitar que isto, ou algo ainda mais escabroso, nos possa acontecer a todos nós comuns votantes.

Depois da sua amiga, correligionária, e ex-ajudante, nos sugerir que os problemas da Pátria se resolvem com seis meses de suspensão da Democracia, parece achar agora o actual Professor, himself, que mesmo ao fim de 35 anos de intenso treino, há ainda coisas da Democracia que, pelo menos enquanto durar esta campanha eleitoral, devem ficar fora do alcance desta cambada de matutos que lhe coube em sorte pastorear.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Arruada, neologismo nojento?
Ou ignorância e sectarismo de VPV?













Hoje, os políticos não se atrevem a mostrar muito a cara ou a abrir muito a boca. Fazem “arruadas” – quem inventou esse neologismo nojento?”, pergunta hoje no Público Vasco Pulido Valente.

Sabe muito bem VPV, e daí o seu enjoo, que quem, mais recentemente, trouxe arruada para o uso corrente foi o PCP. E se não se deixasse tão facilmente cegar pelo sectarismo, também poderia, com pouco esforço, ter verificado que arruada já aparece naquele que é considerado o primeiro dicionário de português, o Vocabulario Portuguez e Latino (1712-1721), de Rafael Bluteau:

Alfena. Villa de Alfena, ou S. Vicëte de Alfena, no termo da Cidade do Porto Dizem, que antigamente foi Villa. He arruada, & të Pelourinho.

Claro que esse não é o sentido em que é utilizada nestes dias de campanha. Pois não. Mas no sentido de passear, andar na rua, também não é uma invenção comunista. Por exemplo:

Quereis subir às colônias, e dar um giro a cavalo até a cascata de Itamarati? Ou preferis arruar sem destino, onde vos levar a fantasia?

José de Alencar, ao Correr da Pena, 1874.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

sábado, 12 de setembro de 2009

domingo, 16 de agosto de 2009

Loures: O futuro está aqui
As grandes verdades ficam sempre bem num cartaz, em fundo azul.











No cerimónia de lançamento da primeira pedra do Crematório, o Presidente da Câmara PS de Loures garantiu ainda que: “este equipamento contribuirá para renovar a forma de estar e pensar da população”.

Será? Eu cá acho que ao fim 2 horas a 900 graus um gajo é só fumaça, está completamente, irreversivelmente, gasoso, etéreo, flutua no espaço sem peso nem dores nos rins...


NOTA
Com o calor que por aí vai estas formigas recolheram-se aos subterrâneos da blogosfera, onde de vez em quando encontram algo que as faz sorrir. Este despropósito vem dum blog de campanha eleitoral, o CDU Portela 2009.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Comenta Piscoiso
Muito me conta. Vai o Preto para o branqueamento de capitais. E a Branca de Neve para onde vai?








Clique na imagem para aumentar


O comentário de Piscoiso é deste post no Blasfémias onde se fala de António Preto, pronunciado pelos crimes de fraude fiscal e falsificação de documentos e escolhido por Manuela Ferreira Leite para as listas do PSD.

Para além de lembrar a tal mala cheia de dinheiro, ficámos a saber que o dito Preto foi nomeado relator da comissão que vai fazer a transposição da directiva europeia de combate ao branqueamento de capitais.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Si non è vero è ben trovato
Normas de multinacional proíbem uso de linguagem mais colorida no local de trabalho.











A coisa chegou à caixa de Email, originária sabe-se lá donde, com a indicação de ser uma Circular Interna, verídica, de uma multinacional americana em Portugal, no Porto, contra o uso no local de trabalho da linguagem mais colorida da gente do Norte.

Fazendo um grande desconto à apregoada veracidade, e a alguns brasileirismos lá pelo meio, a coisa está bem esgalhada, reflectindo a resistência popular, libertária, e meio terceiro mundista, às modas e folclore empresariais que nos prometem o céu da competitividade e desenvolvimento.

"It has been brought to our attention by several officials visiting our corporate Headquarters that offensive language is commonly used by our Portuguese speaking staff.

Such behavior, in addition to violating our Policy, is highly unprofessional and offensive to both visitors and colleagues. In order to avoid such situations please note that all Staff is kindly requested to IMMEDIATELY adhere to the following rules:

1) Words like merda, caralho, foda-se, porra or puta-que-o-pariu and other such expressions will not be used for emphasis, no matter how heated the discussion.

2) You will not say cagada when someone makes a mistake, or ganda-merda if you see somebody either being reprimanded or making a mistake, or que-grande-cagada when a major mistake has been made. All forms derivate from the verb cagar are inappropriate in our environment.

3) No project manager, section head, or executive, under no circumstances, will be referred to as filho-da-puta, cabrão, ó-grande-come-merda, or vaca-gorda-da-puta-que-a-pariu.

4) Lack of determination will not be referred to as falta-de-colhões or coisa-de-maricas and neither will persons who lack initiative as picha-mole, corno, or mariconso

5) Unusual or creative ideas from your superiors are not to be referred to as punheta-mental.

6) Do not say esse-cabrão-enche-a-porra-do-juízo if a person is persistent. When a task is heavy to achieve remember that you must not say é uma-foda. In a similar way, do not use esse-gajo-está-fodido if a colleague is going through a difficult situation. Furthermore, you must not say que-putedo when matters become omplicated.

7) When asking someone to leave you alone, you must not say vai-à-merda. Do not ever substitute "May I help you" with que-porra-é-que-tu-queres? When things get tough, an acceptable statement such as "we are going through a difficult time" should be used, rather than isto-está-tudo-fodido.

8) No salary increase shall ever be referred to as aumento-dum-cabrão.

9) Last but not least after reading this memo please do not say mete-o-no-cu. Just keep it clean and dispose of it properly. We hope you will keep these directions in mind.

Thank you."

domingo, 2 de agosto de 2009

Depois de ter ido ali dar uma cantada de 200 euros, a minha satisfação comigo próprio passou de um terço para o triplo.















Alpacas que cantam, ofertas de 200 euros, crescer e minguar em múltiplos e submúltiplos, isto está tudo a ficar muito estranho.

Ao menos o caso desta Joana começa a esclarecer-se.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Para quem está convencido de que a luta de classes é uma coisa de passado.














“Os direitinhas andam muito, muito, assanhados. Com a vitória do Paulinho Ranger como cereja no topo do bolo passou-lhes a vergonha toda. Pelos comentários, muito se borram também de medo que voltem aí os comunas para lhes azucrinar o juízo e lhes façam xixi na piscina. Deve ser uma frustração Pachequiana qualquer.

Explicar a esta senhora e aos seus fãs porque permitir o enriquecimento de uns quantos causa o empobrecimento de outros começa a parecer-se com ter que explicar porque motivo dois mais dois são quatro. Quando estamos no meio de uma crise gerada pela drenagem de riqueza dos mercados para esta ir parar aos bolsos de poucos este tipo de conversa tem tendência a causar urticária. Almeida Garrett já o explicou de forma suficientemente clara há século e meio. Marx também. Até o raio do Henry Ford, um dos maiores capitalistas de todos os tempos percebeu mais depressa do que os outros que se riram dele até lhes ter entrado a crise de 1929 pelo traseiro acima.

Esta gaja resumiu nesta treta de discurso toda a podridão do nosso querido mundo do capital: que se fodam os pobrezinhos, as seguranças sociais, os desempregados e mais o raio que os parta, o que importa é ilusão de poder ser rico. Sim, isso mesmo. Que se dane a democracia e mais o conceito de estado para a maioria e justiça social. O capitalismo atira-nos telemóveis, carros de luxo, spas mais caros que ordenados e a ilusão de que um dia podemos ter glamour a sair-nos pelo nariz como ranho e vendermo-nos como putas a esta canalha: os protegidos a quem nunca chega a crise, os brasonados e outros queques e betos, aos vigaristas e espertalhões que fazem leis e ditam a economia tanto quanto ditam a justiça.

Parece de que precisamos mesmo é de voltar a sentir fominha como há cem anos atrás para que percebamos o que é, afinal, realmente importante. Qualquer tipo de classe média ou abaixo que vote nesta cabra e séquito é BURRO. É BURRO por ser ele a pagar a crise enquanto vê o mercado dos artigos de luxo florescer porque aos ricos nada lhes falta; é BURRO duas vezes porque lhe falta o dinheiro para bens essenciais mas endivida-se para comprar o luxo que o capitalismo lhe atira como vantagens desde que nasceu; é BURRO três vezes por pensar que deixar uns tipos enriquecer mais do que merecem lhe vai trazer, a ele, prosperidade. É um ASNO por hipotecar o seu futuro e o dos filhos por gadgets, lâmpadas fluorescentes debaixo do carro e gajas com tetas de silicone.

A História, pelos vistos, existe para ser esquecida, como a matemática. Sorte é existir a estatística: um gajo como um frango, outro morre de fome mas não faz mal que no mundo civilizado toda a gente tem direito a meio frango.

Acham que a riqueza cai do céu aos trambolhões? Ela tem que vir de algum lado. Para uns terem a mais, outros têm de menos, a grande diferença entre agora e o século XIX vem do facto de a fronteira entre a soberba e a miséria se ter deslocado do interior dos países para fora deles. Pode ser, mesmo assim, que a crise mude esse aspecto, se assim continuar. Nunca se sabe, continuem a aumentar o número de desempregados até na nossa velha Europa e pode ser que os famélicos da terra surjam entre nós outra vez. Como a fome é a maior força de revolta que a História alguma vez conheceu, talvez um dia acordemos com uma à porta que a Globalização vai fazer dos bolcheviques a porra dos meninos do coro de Viena.

Abram os olhitos e vejam bem em quem vão votar. A estes laranjitas caiu-lhes despudoradamente a máscara: até o artista do Sá Carneiro teria vergonha, no seu tempo, de atirar alarvidades destas quando esquerda/direita ainda diziam algo à nossa sociedade e muito gente ainda andava a pão e água à custa do Botas & Companhia. Já agora: recomendo algumas fotografias antigas, é muito engraçado ver o Belmiro e outras múmias já sobejamente conhecidas à mesa do Estado Novo. Talvez isso abra alguns olhitos.

O que mais mete raiva é esta treta de partido “socialista” que se diz ter por cá. Enfiaram o conceito de “cada homem deve receber exactamente o que merece de acordo com a sua responsabilidade, mérito e formação” numa gaveta e agora andam a brincar aos estados sociais. Com políticas de tapa-buraco para idiota ver.

P.S. Até os américas já começaram a perceber. E o que temos nós por cá? Sarkozys, Merkels, Berlusconis, Chernes, um ex-JSD no poder e uma laranjita à espera de o tomar. Se calhar merecemos o que temos.”

Autor: Harpad do Nihlista, copiado do comentário #26 deste post do Blasfémias.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Hoje a minha satisfação comigo próprio passou do dobro para metade.















Exactamente como o défice de que falava hoje o Pinho, no jornal da SIC à hora do almoço.

Só ainda estou para saber o que quer dizer passar do dobro para metade, mas isso deve ser só fazer as contas.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Um país moderno, civilizado, e … coiso!
Autarcas, e não só, solidários com Ruas, o do corram os gajos à pedrada.








Não foi ao fim do dia, à mesa duma cervejaria, depois de emborcadas meia dúzia de bejecas.

O conselho de Fernando Ruas aos presidentes da Juntas de Freguesia para se organizarem e correrem à pedrada os vigilantes da natureza foi dado numa Assembleia Municipal da Câmara de Viseu, em que Fernando Ruas intervinha como Presidente da Câmara.

Ontem depois do tribunal o condenar a uma multa de dois mil euros, presidentes de Juntas de Freguesia presentes no julgamento, em sinal de solidariedade com Ruas, dispuseram-se a fazer uma colecta para pagar a multa.

Com o seu profundo silêncio, muitos outros têm também demonstrado a sua solidariedade com este destacado autarca do PSD.

Por exemplo, desde os mais de 300 presidentes de Câmara seus colegas, a quem não incomoda ter Fernando Ruas à frente da Associação Nacional de Municípios, passando pelos responsáveis do partido a que pertence, o PSD deste "portugal de verdade", até ao Presidente da República para quem esta coisa de políticos eleitos incitarem outros autarcas a apedrejarem agentes do Estado, se calhar faz parte do normal funcionamento das instituições democráticas que lhe compete assegurar.

Nota:
Parte do tríptico, pertence ao post Cavaco só aponta o dedo aos miúdos, que é sempre oportuno recordar quando se fala dos silêncios de conveniência de Cavaco Silva.

domingo, 12 de julho de 2009

José Saramago apoia candidatura de António Costa a Lisboa
Para Jerónimo de Sousa não há drama.











Pelo menos os comunistas que ganharam um Nobel, já podem ter posições diferentes das do PCP sem que isso seja drama.

Agora, camarada Jerónimo, é só alargar o princípio a todos os militantes. Vai ver que não dói nada, e que vai fazer muito bem ao PCP.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Mais um que não percebe os contornos
Não medi consequências de ter ido ao jantar de Pinho, diz António Chora dirigente do BE.









Ao lado do ex-ministro Manuel Pinho, António Chora terá dito que
"o ministro fez muito pela indústria do País".

Mais tarde tentando emendar a mão: "Não medi consequências de ter ido ao jantar de Pinho". Já tínhamos percebido que medir consequências não é o forte do Chora nem, ao que parece, a especialidade do BE.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

OqueStrada
Oxalá Te Veja... a meu lado, ao pé de mim



Tenho dores fechadas em caixinhas,
contra mim, contra ti, contra lá,
contra os dias, que passam a meu lado;
tenho dores fechadas em caixinhas,
contra aqui, contra ali, contra cá,
que me dizem estou aqui,
estamos lá

ah diz-me lá,
aaa diz-me aqui,
oxalá, oxalá te veja ao meu lado ao pé de mim,
ao pé de mim..

tenho dores fechadas em caixinhas,
contra mim, contra ti, contra lá
contra os dias que passam a meu lado;
tenho dores fechadas em caixinhas,
contra aqui, contra ali, contra cá,
mas que me dizem estou aqui,
estamos lá..

aaaa diz-me lá, aa
diz-me aqui,
oxalá, oxalá te veja ao meu lado ao pé de mim,
ao pé de mim,
ah oxalá te veja ao meu lado,
ah oxalá te veja bem aqui,
AI OXALÁ TE VEJA AO MEU LADO AO PÉ DE MIM, AO PÉ DE MIM…

Glória à Hermínia, ao Marceneiro e tais fadistas. Glória à ginjinha, ao medronho e à Revista.
Glória, à Herminia, Glória
Glória à Hermínia, ao Marceneiro e tais fadistas. Glória à ginjinha, ao medronho e à Revista.

Contra mim, contra ti, contra lá
Contra aqui, contra ali, contra cá
Contra mim, contra ti, contra lá

domingo, 21 de junho de 2009

As outras formigas...











A única relação é o nome, mas fomos lá fazer uma visita e gostámos de que ouvimos.

"O grupo A Presença das Formigas reúne músicos de três países diferentes, mas a música que faz é, na sua essência, Portuguesa.

Esta inspira-se na Música Tradicional Portuguesa, nos seus tesouros anónimos, mas também no trabalho daqueles que à sua maneira e como ninguém elevaram essa mesma música a um grau de sofisticação inédito, os da chamada Música Popular Portuguesa (MPP).

A música da Presença das Formigas nasce então da admiração e respeito pelo referido património e da atracção irresistível pela inovação, pela escolha de caminhos menos óbvios, ou carreiros, já que de formigas falamos..."