Então é assim: cada professor escolhe um avaliador externo, pago pelo Ministério da Educação, se trabalhar na OCDE melhor ainda, entrega-lhe uns relatórios sobre o que andou a fazer, e indica-lhe com quem deve falar. Com base nisto o avaliador faz a avaliação de desempenho do professor, e atribui-lhe a respectiva classificação.
Depois de umas quantas rondas negociais, e uns posts do Guinote, os professores não deixarão também de dar o seu acordo; no fundo o modelo não difere muito do que a frente sindical apresentou para o corrente ano lectivo.
Está a ver como com um pouco de imaginação e boa vontade, e quando menos se esperava, o tal pseudo relatório da OCDE, que o Governo nos fará o favor de dizer quanto custou, ainda vai servir também de inspiração para resolver um imbróglio que nunca mais acabava.
Nota: Para ver como se cozinhou o tal relatório auto-elogioso consulte os Anexos.
3 comentários:
Vim descobrir este seu ovo - brilhante.
E o problema que pôs no final é importante para o cálculo de toda a operação e tenho pena que só você se tenha lembrado dele - quanto custou o "relatório" da OCDE?
Nenhum jornalista daqueles que tem acesso ao ingenheiro ou à ministra fez a perguntinha. E dava jeito saber para poder fazer as contas ao modelo que propõe e que aplaudo.
Os alegados jornalistas comportam-se cada vez mais como Relações Públicas de quem lhes faz chegar os "press releases", como se diz em Inglês técnico, neste caso o Governo. Bastava 5 minutos a dar uma vista de olhos aoa Anexos do Relatório, que está na Internet, para ter uma ideia da natureza do documento.
What have I done to deserve this?
;)
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